Catarina Nunes  nasceu em Luanda, em 1978, repartiu a sua formação entre a licenciatura “Design - Tecnologia Cerâmica” pela ESAD-CR, e o mestrado de “Cerâmica Contemporânea na Tama Art University, Tóquio com uma bolsa do Monbukagakusho. Estudou ainda “Design de Cerâmica e Vidro” na University of Central England, Birmingham através do programa “Erasmus”.
No seu desenvolvimento artístico dedicou grande parte do processo criativo à pesquisa e compreensão das possibilidades físicas e de significação do material cerâmico.
No caminho percorrido no Japão surgiu uma nova relação com o mundo. O estudo da cerimónia do chá, intrinsecamente relacionado com a filosofia Zen e o Wabi-Sabi, abriram portas à colocação de questões relacionadas com a confrontação e aceitação da efemeridade da matéria escultórica.
As suas instalações exploram cenários de relação conceptual e física entre o corpo humano e a escultura cerâmica. Por vezes é colocada a questão da dessacralização do objecto de arte, através da facilitação intencional da escultura. Nestas ocasiões é permitida a interacção entre a obra de arte e o público: como uma experiência individual, quando o público toca directamente na obra de arte, ou partilhada, quando as peças são tocadas por outros performers e apresentadas através da documentação em vídeo ou fotografia. 
Nas suas conceptualizações há uma mimetização de estudos biológicos ligados a um encanto pela natureza e pela sua interpretação científica. A sua inspiração estética prende-se a uma sensibilidade aquática já que passou grande parte da vida perto da costa ou em vários contextos insulares (Açores, Japão, Inglaterra). Recentemente, em residência artística, percorreu o Deserto da Namíbia, onde surge uma nova ramificação exploratória que conduz a sua inspiração para o vento, a aridez, e as superfícies rochosas.
No projecto “Extremophilarum” faz um cruzamento intencional entre a arte e a ciência, iniciando uma colaboração com a artista Mariana Ramos.
Expõe regularmente desde 1998 em exposições colectivas e individuais onde se destacam: 2O18 Evento Homo-Faber, exposição “Melhor da Europa” em Veneza; 2O18 “Corpo e Matéria”, Galeria Shiki Miki Lisboa; 2O18 “Vestígios de Mar”, Centro Municipal de Cultura, Ponta Delgada, Açores; 2O16 “Sal”, Galeria Via Idea, Azeitão; 2O16 “Novos Graus de Sigilo”, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa; 2O16 “Arte Próxima” CCAM de Catalunya (Barcelona); 2O15 “Tulipamwe” Namibia National Art Galery; 2O14 Bienal de Artes Plásticas de Coruche e “Flumen” Museu de Coruche (Portugal); 2OO9 Bienal Experimenta Design; 2OO6 “Efémero” e “Cem Titulos”, Setagaya Art Gallery (Tokyo); 2OO6 Aichi Prefectural Ceramic Museum (Japão); 2OO5 Bienal de cerâmica Manises (Espanha).
Nos seus projectos pessoais e profissionais tem vindo a explorar as áreas da escultura, da instalação e da educação pela arte.

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